Ambiente virtual de debate metodológico em Ciência da Informação, pesquisa científica e produção social de conhecimento

ELAM - mesa 04

Página destinada à publicização dos textos da mesa 04 do Encontro Latino Americano de Mulheres, sobre "Acesso à informação, sustentabilidade e relações de gênero".


Texto conceito 
André Porto Ancona Lopez e Darcilene Sena Rezende
Dentre os vários pontos significativos para uma discussão latino-americana sobre participação feminina em uma desejada nova ordem mundialmente sustentável, o acesso à informação é colocado na pauta para garantir a continuidade das reflexões já realizadas e a preservação da memória e identidade de um processo longo e árduo.
A agenda e os espaços de reflexão conquistados sobre a questão não foram construídos da noite para o dia. O registro sistematizado do caminho percorrido até aqui, com a maior precisão de detalhes, levando em consideração, inclusive, os projetos e variantes que ficaram para trás, é garantia de continuidade do movimento. Sem a Rio92 não haveria RIO+20; sem as lutas pregressas do movimento feminino, e o conhecimento atual que se tem delas, esse Encontro Latino-Americano não teria a importância que tem hoje.
O registro sistemático da informação atua, então, em três vertentes temporais: (1) o registro presente das ações, que viabiliza processos, permite divulgação e garante direitos; (2) a organização de tais registros e de meios de acesso a tais informações, que permitirão, amanhã, a ampliação do conhecimento e a construção de memórias e identidades; (3) a instrumentalização da informação para o planejamento e realização de novas ações futuras. Quanto mais efetivo for o registro e quanto mais eficiente for a difusão, maior será o sucesso das novas ações.
Hoje, o acesso à informação relaciona-se à exploração das potencialidades dadas pelas novas tecnologias e meios de comunicação (TICs) e seu uso, com vistas à democratização do conhecimento, em uma perspectiva transformadora da sociedade, buscando a redução das desigualdades. O livre fluxo de informação e ideias é essencial para a própria noção de democracia e vital para a garantia dos direitos humanos. As Nações Unidas, em junho de 2011, estabeleceram que o acesso à Internet é um dos direitos fundamentais da humanidade. A importância do direito à informação, ou direito ao saber, está cada vez mais presente em propostas de desenvolvimento da sociedade civil, no mundo acadêmico, nos meios de comunicação e no seio dos governos.
O tema é mais abrangente do que pensar o acesso como mecanismo de promoção da descentralização da informação, com a consequente ampliação do debate, da participação e democratização cidadã na formulação e reformulação de ideias. O foco também recai sobre o acesso que pode representar insumos vitais para a consolidação de novos modos de organização da sociedade. Muito da antiga ordem familiar, estereotipada, e do correspondente papel feminino já foi modificado permanentemente. A participação feminina crescente no mercado de trabalho, sobretudo a partir dos anos 1970 transformou a economia, a produção e a sociedade – por exemplo, houve uma mudança radical com o crescimento proporcional de mulheres como “chefes de família”.
Hoje um novo modelo de produção de riqueza comunitária e sustentável se faz cada vez mais presente, com cooperativas locais, majoritariamente femininas, dedicadas a diferentes produtos que envolvem a utilização de recursos renováveis locais, o reaproveitamento de materiais, enfim, a adoção de medidas de sustentabilidade e outras práticas desejáveis para um planeta mais sadio. Essas comunidades estão promovendo uma real transformação na base de produção nacional das microempresas e do mercado de trabalho, que assume características distintas do emprego formal e do sub-emprego informal, além de estarem transformando drasticamente o arranjo das relações sociais de gênero com o aumento efetivo da importância do papel feminino no cenário de uma economia capitalista em constante crise em um mundo cada vez mais ambientalmente comprometido. Aos resultados econômicos de tais práticas, na geração de emprego e riqueza no mundo atual – veja-se, por exemplo, o expressivo peso que as microempresas têm na base econômica mundial ‑, soma-se o relevante papel que tais iniciativas têm nos processos de aumento da auto-estima, valorização da identidade da comunidade e reconstrução da identidade feminina.
O sucesso de tais comunidades pode ser muito mais significativo se houver uma ampla redemocratização do acesso à informação, que transcenda a importante, porém, muitas vezes, pouco eficaz, consultoria prestada por órgãos governamentais e semi-governamentais, com soluções restritas para problemas pré-definidos, topicamente localizadas e previamente planejadas à distância. Trata-se de pensar em uma real democratização do acesso à informação e da produção de conhecimento que permita que tais protagonistas sociais tenham em mãos insumos necessários para poderem crescer e continuar a transformar a sociedade para além de uma política de estado, muitas vezes paternalista e pouco preocupada com os reais interesses, necessidades e potencialidades dos cidadãos – e sobretudo cidadãs – envolvidas no processo. Não se trata apenas de “levar” educação, instrumentos e conhecimento formal às comunidades, porém permitir que elas se transformem em novos pólos de elaboração de conhecimento por meio do aproveitamento de saberes locais e comunitários. Trata-se ainda de incrementar as redes de comunicação entre as comunidades, viabilizando trocas de experiências, que além de aperfeiçoarem o sistema, contribuem para eliminar o estigma do isolamento, dando visibilidade a parcelas inteiras da população que não se percebem como agentes primordiais da sociedade. São grupos de mulheres que, com isso, passam a reconhecer que são muitas, que são importantes e que suas ações, efetivamente, contam e transformam a sociedade.
Novas idéias para o debate são mais do que bem vindas. Afinal, a transformação do planeta atual em algo sustentável passa, sem sombra de dúvida, pela ação feminina e pela ampliação do acesso à informação.

A comunicação é um direito fundamental para alcançar a sustentabilidade
Sucena Shkrada Resk
O acesso à informação está diretamente relacionado ao direito à comunicação. Ambos possibilitam o reconhecimento da “existência” do outro e a nossa inserção como “sujeitos coletivos” nessa relação de troca,  para que consigamos assumir um papel mais proativo no mundo. Mas apesar de estarmos no século XXI – na era da tecnologia -, e vivermos em contextos de regimes democráticos (além de algumas experiências de décadas de ditaduras), nos defrontamos com um “hiato” de avanços. Verificamos que é preciso haver ações mais consistentes de políticas públicas que viabilizem esses princípios, por meio de legislações, programas e práticas, tendo como quesito, a participação da sociedade civil, na construção na busca do desenvolvimento sustentável..
 No âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), isso significa assegurar e aprimorar acordos, negociações e/ou tratados internacionais já estabelecidos e decidir o rumo do planeta, com a participação, de fato, de cidadãs (os) nas negociações realizadas pelas nações. Afinal, o sinal vermelho já foi dado, há muito tempo, em um mundo que atualmente ultrapassa a marca de 7 bilhões de pessoas, no qual, mais de 1,2 bi estão em extrema pobreza; 800 milhões de adultos são analfabetos (sendo muitos deles refugiados climáticos, das guerras...) e com a perspectiva real de aumento desse contingente vulnerável e excluído dos fóruns de decisões.
 O contexto capitalista expõe uma série de contradições, em que temos desigualdades profundas nos campos social, econômico e ambiental; consolidadas em relações desiguais no campo geopolítico entre países desenvolvidos, “emergentes” e “pobres”. Com isso, é possível perceber o quanto inúmeras “vozes” ficam “abafadas” nessa relação antagônica de forças.
 Como fazer valer a Agenda 21, as convenções sobre Diversidade Biológica, Mudança do Clima e Desertificação, e avançar sobre temas tão importantes, como o combate à extrema pobreza e as governanças da sustentabilidade e global, se não houver o realinhamento dos atores, que resulte numa participação equilibrada, em que a economia deixe de ser o crivo das mudanças?
 Ao fazer uma leitura histórica da Declaração Universal de Direitos Humanos, aprovada pela assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, observamos que o artigo 19, que estipula que " todo indivíduo tem o direito à liberdade de opinião e de expressão...”, ainda tem muito a avançar na prática. O mesmo ocorre, com relação ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (1966), que colocou na pauta mundial, a condenação à incitação à guerra, à apologia ao ódio nacional, racial ou religioso, como também a todo tipo de violência.
 Há  muitos problemas a superar, apesar de haver iniciativas em curso há algumas décadas,  como o Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação, em vigor, desde 1980, e o Programa Informação para Todos, a partir de 2000, criados pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (UNESCO).
 O que fica cada vez mais evidente é que para que haja a participação efetiva de cidadãs e cidadãos (sem diferença de pesos e medidas), é fundamental que se promova a melhoria de meios transversais presentes nesse processo. Por isso, os acessos à informação e comunicação são direitos interligados ao conceito de sustentabilidade. Um ser humano, que passa fome e está subnutrido, que não tem acesso ao saneamento, à educação, ao atendimento à saúde e que é “doutrinado” por meios que são regidos somente pelo mercado, dificilmente consegue se manifestar por meio de seu patrimônio mais importante – sua identidade no mundo. É comos se passassem “uma borracha”  em sua cultura, história e repertório de vida.
 Por isso, a maior prova de seriedade que pode ser dada na Rio+20, pelos representantes e chefes de governos, é ir além da retórica e chegar a decisões consistentes, em que as reivindicações e situações de milhares de pessoas tenham peso nos acordos a serem definidos. Isso quer dizer, que o diálogo transponha as barreiras das hierarquias e consiga promover mudanças reais com o empoderamento da sociedade.

Descomplicar
Carolina Stanisci
“Não vamos mais escrever que fulano disparou a arma. Vamos dizer que ele atirou.” Esse comentário eu ouvi da boca de um editor que queria sua equipe de repórteres redigindo sobre temas complexos da maneira mais simples. Na comunicação da área da sustentabilidade não é diferente. Para conquistar corações e mentes, não tem outro jeito. Precisamos de mensagens simples. Pode parecer exagero, mas é nisso que acredito. Com mensagens diretas, que conquistem as pessoas, podemos mudar consciências. 
Sempre achei chato falar difícil. Sou formada em Direito e me incomodava com aqueles termos compridos típicos do juridiquês. Migrei para o jornalismo a fim de comunicar mensagens mais diretas. Como jornalista, me vi escrevendo matérias com os tais termos complicados. Parece que o compliquês nos ronda. Os jornais inventaram os infográficos, que ajudam na compreensão de histórias difíceis, de enredos mirabolantes que precisam de um desenho para serem entendidos. Às vezes tenho a impressão que esses esquemas ajudam. Outras vezes, me parece que precisamos de mensagens ainda mais ligeiras, de identificação fácil.
A natureza democrática da internet e a inteligência coletiva que emana das redes sociais ajudam na busca desse formato ideal de comunicar. As redes sociais têm uma porção de problemas, mas inovaram a nossa maneira de lidar com a informação. Tudo pode ser superficial, dados de importância e boatos terem o mesmo peso, bobagens sem o menor fundamento serem replicadas. Olhando de perto, porém, não dá para negar que alguns acertos são notáveis.
Vivenciei um desses acertos. Vi uma mensagem complicada, intrincada, ser apropriada por milhares de internautas. Eles começaram a se interessar, queriam saber sobre o andamento do projeto de lei do Código Florestal no Congresso. Precisavam entender o que é um veto presidencial e se é possível derrubá-lo. Estavam interessados em meio ambiente, preservação e também em política, em influir na política. Tornaram-se protagonistas da campanha do "Veta, Dilma".
Preciso voltar um pouco no tempo para lembrar como tudo aconteceu. A campanha Floresta Faz a Diferença começou em meados de agosto do ano passado. Iniciativa do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, o Floresta foi um ótimo exemplo de trabalho colaborativo, com o objetivo de convencer as pessoas a perceber a gravidade do que estava em jogo, a aprovação de uma lei desastrosa para o meio ambiente e para as futuras gerações.
Profissionais talentosos trabalharam, na maioria dos casos voluntariamente, para criar slogans, cartilhas, peças publicitárias e vídeo-depoimentos com artistas famosos que aderiram à causa cuja mensagem principal era ressaltar a ameaça às florestas com a aprovação do texto legal. Naquela época não era possível imaginar o quanto a história seria assimilada pela sociedade. 
No começo da campanha, os internautas estavam na fase de curtir, compartilhar. Interessavam-se pelo assunto, mas com moderação. Em abril, testemunhamos um fenômeno. Recebemos pelo Facebook do Floresta dezenas de obras criadas pelos internautas que queriam ajudar na campanha. Eram trilhas sonoras, charges, fotos com pessoas carregando cartazes do #vetadilma. Brasileiros radicados no exterior nos procuraram querendo colaborar, ou para pedir informações sobre o que estava acontecendo.
Não bastava mais apertar o botão curtir e compartilhar. Todos queriam exercer sua criatividade. Recebemos o doutor Spock, de “Jornada das Estrelas”, pedindo #vetadilma com os dedos, o personagem da pintura “O Grito”, de Münch, e a Mafalda, de Quino, também demandavam o veto à nossa presidenta. Foram compartilhadas em nossas redes fotos de passeatas, apitaços, caminhadas e bicicletadas aos montes e em todos os cantos do País. Houve um pouco de tudo e, acima de tudo, houve a necessidade de se expressar.
Surgiu até uma discussão a respeito de autoria. Um internauta reivindicou que determinada criação, no caso “O Grito”, era sua e que tinha de ser creditada corretamente. Mas como definir se outro também dizia o mesmo? O que imperou, então, foi o compartilhamento. O consenso foi: não importa quem é o autor, pois a campanha é coletiva, é para o bem comum, é para a preservação das futuras gerações. Foi emocionante presenciar tudo isso.
Onde entra a história da mensagem simples nisso tudo? Imagino que a maioria que pede o #vetadilma provavelmente desconhece os conceitos de APP (Área de Preservação Permanente) e reserva legal. Mas atendeu ao chamado da hashtag #vetadilma, pois sabe que o planeta está chegando ao seu limite e precisa de alguém para virar o jogo. Nisso tudo a comunicação ajudou. 
Espero poder vivenciar outra história feliz como essa. Quem sabe nosso próximo desafio seja colaborar em uma campanha que convença a todos de que outro modelo de desenvolvimento, mais sustentável, é possível por aqui no Brasil?

Diez por qués y una conclusión.
Maria Xose Porteiro
1. Abordamos una cuestión ideológica, pero no circunscrita a la convencional confrontación entre izquierdas y derechas. Es preciso y urgente encontrar un lugar razonable, satisfactorio y posible donde hacer coincidir a los dos grandes movimientos revolucionarios de nuestro tiempo: Feminismo y Ecologismo. No siempre coinciden. No siempre se encuentran cómodos. Parece que confrontaran por definir cuál ofrece un escenario de mayores transformaciones, pero que con su unión redoblarán su fuerza y Brasilia (Río + 20) suponen una ocasión única para que se produzca ese sumatorio.
2. Es también una cuestión de Ciudadanía, responsable y participativa: si sólo hablamos de la conservación del Medioambiente, renunciaremos a plantear la reivindicación más plena del Ecologismo que está indisolublemente vinculada a la Sostenibilidad. Ello supone también plantearnos un cambio de modelo, no sólo la adaptación del actualmente impuesto. Otro modelo de producción, de consumo, de indicadores del bienestar, de la convivencia con las otras formas de vida, pasar de la irresponsabilidad a la corresponsabilidad consciente, dejar de sentirnos “sujetos pasivos” para convertirnos en “ciudadanos activos” que sabemos que el pensamiento ecológico no limita el progreso, pero sí cuestiona los métodos que se han venido empleando impulsados por una ideología que mercantiliza la felicidad y el progreso humano.
3. Propone la integración de la ciencia y la sabiduría: en el ámbito científico, también es preciso hacer una reflexión casi desde el punto de partida. Si bien no es posible decodificar ni descartar el racionalismo sin tener un método alternativo -y mejor- que aplicar, también sería un error ignorar o desvalorizar la espiritualidad y el naturalismo como si no fueran vías legítimas de adquirir conocimiento y de buscar la explicación o la raíz de las cosas. Apostemos por un feminismo ecologista y por un ecologismo feminista: Por un nuevo movimiento Holístico que sea fundamento de una acción política que asuma, sin ambages y sin complejos, el reto de incorporar todas las sabidurías y todas las miradas a la búsqueda de las soluciones que necesitamos –urgentemente- encontrar y aplicar.
4. Utiliza una metodología de inclusión: la alternativa necesita del diálogo. Diálogo, entre sexos, entre culturas, entre sistemas científicos, entre visiones religiosas, entre opciones políticas, para encontrar fórmulas de cooperación respetuosas y tolerantes, asumibles por los pueblos originarios de América Latina o por las paisanas de una aldea europea, asiática, africana, hindú..., pero también por la comunidad científica no dependiente de los señores de la guerra y de las mafias del mercado. Hay que atreverse a buscar entre muchas ideas distintas para encontrar ‘la buena idea’: No es tan importante lo que íntimamente creamos, ni debemos preocuparnos tanto por convencer a los demás de que nuestra idea es la única y la mejor (herencia nefasta de las religiones monoteístas, de los regímenes políticos totalitarios, del populismo engañoso...), como de reconocer los intereses y preocupaciones que tenemos en común, de compartir una misma inquietud, tan plural en su expresión como legítima en su origen, para garantizar una buena vida, una auténtica y satisfactoria vida, en el planeta Tierra.
5. Lo que no queremos: el discurso imperante es desmotivador y pesimista: ¿Para qué perder el tiempo en salvarnos a nosotr@s mism@s? Nos anima a lanzarnos al desenfreno inconsciente del consumismo total que nos marcan el Banco Mundial, las Agencias de Calificación, los índices bursátiles, los gobiernos títeres, las iglesias cómplices. Parece que quisiera que nos fuéramos por el desagüe para terminar cuanto antes con la pesadilla del cambio climático, de la polución asesina, de las migraciones masivas en búsqueda de tierras donde todavía haya agua potable, de generaciones de hombres y mujeres lobotomizados y robotizados por los mercaderes del templo. La patrimonialización de los recursos naturales, pincipalmente los energéticos, ha llegado a un punto de desfachatez impensable; manipulan y se hacen dueños de las nuevas tecnologías. Nos lavan el cerebro, ahora, cuando más información podemos tener, cuando mejor podemos saber, cambiando el foco de nuestra atención para que dejemos de preocuparnos por la libertad y estemos sólo obsesionados con la seguridad. Para que el miedo sea simultáneamente el Gran Hermano ‘orwelliano’ y el Soma ‘husleyano’, y para que el terror a perder nuestra pobre y ruín riqueza del estándar consumista, nos impida actuar para evitar la pérdida de la grande y necesaria riqueza de una vida justa en la Tierra, con otros modos, con otras compensaciones, con un pensamiento post-ilustrado que sea el sumatorio del conocimiento y del sentimiento en una nueva época cuyo nombre tendremos que buscar.
6. Lo que sí queremos: otro orden económico, político, sociológico (humano y sostenible) mundial: tenemos que trabajar por un pacto global entre los países y los pueblos que de pie a un nuevo y sostenible orden mundial porque sin ello, no habrá sistema político que logre nada por si solo. Los mercados, los mercaderes, ya han diseñado el suyo. Solo económico. En realidad, debería llamarse, solo mercantilista. Está comprobado que son los mercados quienes deciden cómo y cuando se hunde un gobierno, dónde se debe focalizar la extracciòn de determinados recursos estratégicos, qué religiones y qué pueblos han de ser puestos de moda para distraer la atención de otros asuntos más espinosos, cómo se debe ensuciar la democracia hasta convertirla en una repugnante parodia de si misma. En ese nuevo orden mundial, humano y sostenible, habrá que desechar lo inservible: ya no sirve el orden político del antiguo régimen. Los países concebidos como territorios definidos por fronteras artificiales no tienen sentido cuando el problema que nos acucia no entiende de límites dibujados en los mapas. La Amazonía está en Brasil, pero no es de Brasil. El acuífero del Paraná ¿a quién pertenece: a Paraguay, a Argentina, a Brasil, a Uruguay?. ¿Quiénes tienen el título de propiedad de los océanos? Y sobre todo, ¿quiénes son los responsables de lo que pase con ello?. Los tribunales internacionales ya pueden actuar ante el genocidio y se sabe cómo pueden funcionar y a quién pueden juzgar. Pero, ¿quién puede juzgar un ecocidio?
7. Cómo conseguirlo: Es preciso movilizar con propuestas revolucionarias para lograr un cambio evolutivo. Para ello es preciso salir del aturdimiento imperante y prepararnos para una positiva e incruenta revolución basada en principios ecologistas y humanistas (feministas). ¿Para qué seguir buscando argumentos originales si los vemos todos los días en los periódicos o en los programas informativos?. Pero no hay peor sordo que el que no quiere oír. Ni ciego más irrecuperable que quien se pone una venda en los ojos. Hemos desarrollado un extraño instinto suicida asumiendo barbaridades que queremos considerar inamovibles. Estamos aturdidos. Por eso el ecologismo y el feminismo son movimientos tan indeseables para el sistema y un ‘statu quo’ que favorece y consolida la barbarie y la injusticia. Son auténticamente revolucionarios porque pueden cambiar el mundo. Tienen el impulso humanista y radical de quienes lucharon por la abolición de la esclavitud, de la lucha contra el apartheid, del combate a las mafias de trata y tráfico de mujeres y niños, de la reivindicación de los derechos humanos, de la persecución de los criminales de guerra. Tienen el aliento y el alcance necesarios para saber que hacen lo que corresponde hacer. Una legitimidad moral que se puede imponer ante la estulticia y la iniquidad.
8. Reconozcamos la gravedad de la situación: estamos ante una nueva e inédita forma de guerra. Nos vemos obligados a luchar contra una fuerza destructiva que asalta por tierra, mar o aire, cuando menos se le espera. Y las víctimas son incontables. Pero también lo son los causantes: una de las razones de la proliferación de incendios forestales es la especulación urbanística. Destruir paisajes singulares y espacios protegidos ha permitido justificar una nueva ordenación del territorio y a autorizar edificaciones que generaron inmensas ganancias. El ladrillo también puede tener un fin criminal. Quién lo iba a imaginar. El petróleo derramado en nuestros mares, también responde a un interés económico, porque alguien permite que sigan navegando y transportando materiales altamente contaminantes por corredores marítimos tan frecuentados, como el del Cantábrico/Atlántico, viejos buques ya descatalogados y destinados al desgüace pero todavía activos por el interés y el lucro de sus beneficios conseguidos a cambio de poca o ninguna inversión en su mantenimiento. Las pruebas nucleares en las islas del Pacífico propiciadas por potencias extranjeras europeas y norteamericanas están dañando irremediablemente uno de los pocos macro espacios ecológicos del planeta, pero ninguna autoridad mundial les pone freno.
9. Los temas que figuran en las agendas gubernamentales tienen que ser cambiados: en la agenda de esta nueva tierra deben figurar también, y no como cuestión menor, la equidad de género, soberanía alimentaria, la erradicación de la violencia en todas sus formas, la alfabetización digital, el modelo de uso poblacional del territorio, la situación de las mujeres campesinas, con la educación en valores, desde la cultura de paz, la reorientación de la investigación científica para una agricultura sostenible y saludable, o para convertir los residuos en elementos útiles en el camino que se abre en una nueva cultura del consumo... Siguiendo al honorable Mandela: si somos las capitanas de nuestras almas, todas nuestras almas juntas podrán retomar el rumbo de esta nave a la deriva. Hagamos de la Tierra una Matria para toda la Humanidad, donde todas nuestras patrias particulares tengan sitio y tengan futuro. Las patrias de nuestros pueblos. Las patrias de nuestros ideales. Todas reunidas en la Matria de una tiera viva donde valga la pena vivir. Parece fácil decirlo y difícil hacerlo. Pero esa es la verdad. Como europea no me prestaré al falso debate sobre la hipocresía de estas declaraciones por venir de pueblos que se sirvieron del expolio de otros para ganar una buena vida. Nacer en uno u otro lugar del planeta no es nuestra elección. Ocuparnos de su futuro sí. Es más: es nuestro compromiso moral, irrenunciable y legítimo.
10. Brasil tiene la llave: Estamos aquí para hacer una reflexión conjunta que luego compartiremos lanzando a los cuatro vientos que esta asamblea de mujeres y hombres reunidos en Brasilia, con una enorme preocupación y responsabilidad ante lo que ven, saben y conocen, están dispuestos a impulsar y demandar acciones de gobierno que frenarán los intereses lobísticos de los deforestadores, de los petrodólares, de los usurpadores de las costas... Y que esa responsabilidad es ahora más contundente porque la asume y la comparte una de las primeras potencias mundiales, de las muy escasas lideradas por un empoderamiento ‘desde lo femenino’ y que ha demostrado su compromiso para hacerle frente a la corrupción, a los patronos y a los dominadores, a los depredadores, a los que abusan sin límite y sin conciencia. Brasil representa hoy la esperanza de que un mundo mejor aún es posible. La Cumbre del clima de Río en 1992 fue el comienzo y el altavoz de un nuevo discurso y una propuesta de acción de vanguardia cuyos objetivos están lejos de ser alcanzados. Apostemos porque un nuevo rumbo y un mayor impulso vengan dados por la unión de las conciencias ecologista y feminista. Otras cosas muy difíciles se han logrado conseguir.
CONCLUSIÓNEmpezar de nuevo, en la situación actual, puede significar renacer: Hemos vuelto al punto de partida para reinventarnos como habitantes del planeta Tierra. Para ser parte de una patria común con alma, aliento, mirada, sensibilidad e inteligencia, incluyente y participada por todas las mujeres de todos los territorios, de todas las etnias, de todas las culturas, de todas las edades. Para crear incluso nuevas palabras que nos definan mejor y donde nos sintamos incluídas, concernidas. De la patria local a la matria total. La Tierra será una Matria o no será. Es el momento de agruparnos todos. Esta podría ser la lucha final.

Uma Nova Ordem Mundial sob a Ótica Feminina.
Soninha Francine
Verde, natureza, ecologia – as expressões mais em voga anos atrás quando falávamos em meio-ambiente foram hoje substituídas por “sustentabilidade”. Conceitos vão se ampliando e aprofundando – e, à medida que as pessoas e organizações vão se apropriando deles, também vão se diluindo e deturpando... Muitos já não suportam ouvir falar em “sustentável” por causa da banalização do adjetivo. Logo surgirá outra palavra...
A ideia de sustentabilidade é rica, sofisticada e ao mesmo tempo muito simples. Se continuarmos com o comportamento que temos agora, conseguiremos viver com conforto daqui a alguns anos? Seremos capazes de satisfazer nossas necessidades fundamentais, básicas, e também os desejos cultivados e construídos em nossa cultura? Quantos de nós conseguirão viver bem, a que custo, por quanto tempo?
Todos sabemos definir o “insustentável” em um relacionamento, emprego, situação. É fácil relacionar insustentável e insuportável; é fácil entender e se relacionar com a urgência e ativismo propostos pelo apelo à sustentabilidade.
Alguns ainda entendem esse ativismo como a adesão a um modo de vida sacrificado e anacrônico, mas o comportamento ambientalmente responsável não precisa ser um martírio. Um pouco mais de atenção a tudo que se faz já é capaz de promover grandes mudanças.
Uma parte dessa atenção significa reparar na estreita inter-relação entre o que está muito perto e o muito distante. A análise cotidiana do velho apelo “pensar globalmente, agir localmente”.
Antes, ambientalistas eram tidos como pessoas alienadas dos problemas “reais” da sociedade, preocupados que eram com a caça às baleias ou o mico-leão dourado. Ainda outro dia, o então presidente Lula se irritou com a hipótese de que a sobrevivência de uma espécie de bagre pudesse ser obstáculo à instalação de um empreendimento. Meio ambiente era entendido como natureza, verde, animais silvestres... Coisas distantes.
Hoje está cada vez mais evidente que a cidade em que vivemos, as ruas que percorremos, o lugar onde trabalhamos constituem nosso ecossistema. A temperatura, cheiro, claridade, umidade, água, o chão, a qualidade do ar. Os materiais e insumos que consumimos - a madeira dos móveis, o papel, a tinta da caneta, da impressora ou da parede. O metal, plástico e vidro das janelas e computadores. Os componentes dos circuitos impressos e baterias. As fibras dos tecidos. A água e energia foram necessárias para produzi-los; o carvão foi queimado nas fornalhas, a cana plantada, o petróleo extraído para abastecer os carros, o rio represado. A área desmatada para plantio, os animais abatidos, os defensivos agrícolas foram utilizados, as embalagens descartadas.
O perto e o longe são íntimos um do outro. O derretimento da calota polar, a ilha de plástico no Pacífico ou a destruição de florestas de coral no Índico tem consequências em nossa vida tanto quanto nosso desejo por TVs de tela plana faz mal aos caranguejos do mangue. Tudo o que utilizamos e tudo o que sobra tem impacto no mundo em que vivemos – i.e., em nós mesmos e nossas vidas.
Desde pequena, influenciada e catequizada pela minha mãe, sempre prestei muita atenção a minhas escolhas e suas consequências. O que nem sempre evitou – longe disso... – escolhas erradas e consequências negativas. Mas é um treinamento permanente que incorporei ao dia a dia em casa, na rua, na escola, na TV, na nova família (em que a mãe sou eu), na militância, no Parlamento e na administração pública.
Mais do que prestar atenção, quis chamar a atenção. De minhas filhas, das colegas de escola, de meus alunos, dos colegas jornalistas, dos espectadores, dos eleitores, vereadores, leitores, ouvintes, munícipes, cidadãos, assessores... Comunicação é minha principal ferramenta, habilidade, talento. Sempre quis fazer da comunicação um meio de transformar o mundo, por mais pueril ou megalômano que isso possa parecer.
Tive momentos de satisfação e realização. Na tela da MTV, falando com um público que presta muito mais atenção nos “artistas” do que nos pais ou professores, chamei atenção para os milhares de toneladas de resíduos produzidos em um único dia na cidade de São Paulo (em 2005, já eram 15 mil). Também consegui implantar um sistema rústico mas razoavelmente eficiente de coleta seletiva no prédio da TV. Fiz reportagens em casas de artistas e eventos esportivos. Organizei e mediei debates, fiz entrevistas e campanhas.
Converti amigos à causa. Mesmo rindo de mim, se acostumaram a recolher as latas e garrafas jogadas no lixo em uma festa para encaminhar para destino mais proveitoso. Hábitos meus foram mudando e influenciando as pessoas próximas. Ou distantes... Cada vez mais distantes.
Da TV, rádio e jornal fui para o Poder Legislativo. Participei de inúmeras conferências, comissões, seminários, fóruns... Fui membro da Comissão Parlamentar de Estudos sobre as Mudanças Climáticas e sua influência na cidade de São Paulo – foram semanas de estudos excelentes sobre o tema. Apresentei o projeto de lei que criou os Conselhos Regionais de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 nas Subprefeituras, formados por representantes eleitos da sociedade civil e funcionários de órgãos diversos da administração municipal (hoje em pleno vigor). Também consegui aprovar projeto de lei que obriga a prefeitura de São Paulo a substituir, gradualmente, os materiais que adquire em grande volume por reciclados – papéis, por exemplo, e peças do material escolar.
Hoje as pessoas me conhecem como militante do cicloativismo, movimento que defende que a cidade seja amigável para as bicicletas, garantindo o direito de se usar bicicleta como meio de locomoção com segurança e incentivando , assim, mais gente a aderir a esse modal. Tenho orgulho de ser associada a essa e muitas outras bandeiras abrigadas sobre o toldo da sustentabilidade – reconfiguração do território urbano, por exemplo - e espero conseguir usar todo o poder de influência, persuasão e decisão que eu tiver para tornar o conceito mais difundido, mais aprofundado e mais aplicado de fato.

Estruturas de contrapoder: ocupando e criando novos espaços de decisão. 
Lilian Avivia Lubochinski
Dentro de um mar sem fim de informações disponíveis é preciso saber navegar seguindo uma estrela guia. Sustentar o trajeto com firmeza, entender as vicissitudes que implicam em correções na trajetória, acessando as informações relevantes, que muitas vezes se apresentam cifradas – este é o desafio que exige uma mudança de lugar existencial: ao mesmo tempo intensamente presentes e conectadas na imensa e maravilhosa rede da vida.
Contextualizando:
Vivemos num tempo muito especial: uma transição de eras de tal envergadura que a humanidade só conheceu duas vezes antes.
A primeira foi quando nossa espécie aprendeu a cultivar seu alimento! Descobriu ou inventou a agricultura. Passamos do paleolítico para o neolítico, de nômades, catadores e caçadores, passamos a ficar num lugar, cuidar dele para tirar nosso alimento.
Transformação gigante em todas as dimensões humanas: no tecido social, cultural, espiritual.
A segunda transição, como gosta de nomeá-la a Joanna Macy em seu livro “Nossa vida como GAIA”, foi quando aprendemos a domar nossas fontes de energia entrando na era de crescimento industrial. Gosto desta denominação pois ela dá conta de nomear o principal sintoma que arrasta consigo seus motivos e ambições.
A era industrial que sequestrou os saberes ancestrais, aqueles saberes seculares que entrelaçaram nossa espécie com seus lugares, com as tantas diversidades ambientais e que resultaram em uma extensa diversidade de modos de vida sustentáveis.
Agora, precisamos transitar para uma outra era, a era de sustentação da vida. Precisamos pois não há outro rumo: a não ser este. E as transformações estão sendo gigantes também!!
Deveria ser óbvio, mas não há vida humana sem as outras vidas em nosso planeta! O ataque à biodiversidade pela indústria, principalmente a agricultura industrial é avassalador: são cerca de 150 espécies em extinção por dia, a maioria delas da vida dos solos!!! [1]
A transição entre eras implica em uma reestruturação existencial de tal ordem de grandeza que pode ser facilmente chamada de transformação.
É um processo onde desapegamos de um ordenamento interno das prioridades em nossas vidas, abandonando o familiar, fazendo um luto e seguindo adiante para recuperar um vínculo sistêmico, renová-lo e absorvê-lo de tal modo que nossas células mesmo, nossas redes neurais se transformem.
O que é muito curioso é que o que parece um processo monumental e árduo, na verdade não o é! Pois não se trata de uma construção pessoal, mas sim de um processo maior onde cada uma e cada um se conecta: é um processo de Gaia, do sistema que nos constitui.
Por isso a essência do esforço é o de reconectar-se.
Tenho trabalhado como arquiteta, dentro deste contexto, tentando revelar, apoiar, provocar e despertar estas transformações.
No amplo contexto das sustentabilidades, a sustentabilidade social tem sido o tema estruturante das ações de territorialização e mudanças situacionais onde, sempre, busco agir sobre a natureza do poder como um campo de força dentro do qual estamos imersas. Sustentabilidade social é quando as ações transformadoras são determinadas pelas pessoas envolvidas. O belo movimento ‘Cidades em Transição’[2] funciona desta maneira!
O poder sobre os outros em contraponto ao poder fazer
Como resistir ao ‘campo magnético’ deste sistema que cresce tresloucado como um grande câncer em nosso planeta?
Quando as pessoas param para pensar sobre o que é qualidade de vida ou ainda sobre o que é valioso em suas vidas, as respostas nunca surpreendem.
O inusitado neste processo é, justamente, poder parar para pensar.
Quando nomeamos democracia participativa e o conceito é levado ao pé da letra, isto é, um convite à participação que evidencia a relevância do que cada uma e cada um pensa acerca de sua propria vida em um dado território, e este encontro é fundamental pois faz presente a lógica hipotética e possível do reencontro harmonioso guardado na memória ancestral de todos nós, o reencontro com o lugar.
O ponto de inflexão acontece a partir da nomeação do desejo e da sua validação como determinante dos rumos a serem percorridos na direção da preservação da vida.
Como desenvolve Maria Rita Kehl em seu livro “O tempo e o cão”, o mal estar de nossos tempos, a depressão, expressa a sabotagem do desejo de cada um, a opressão da pulsão vital diante da imposição hegemônica.
A partir da livre determinação das prioridades é que as estratégias são traçadas: diante da pergunta crucial acerca da qualidade desejada, as ações ganham substância porque se inserem novamente nos desencadeamentos sistêmicos.
A reconexão com Gaia, ilumina a rede neural, onde tudo está conectado: a fragmentação que isola e suga os saberes, submetendo a uma dependência sabidamente impossível de se sustentar se revela como absurda.
Não é por acaso que os diferentes discursos xamânicos se fazem ouvir e são claramente significativos.
 Na roda onde se reunem cada uma e cada um para reencontrar o que importa, são poucas as regras necessárias para escapar e saltar para fora do “campo de poder” que sombreia e oprime:
1. A convicção que em cada ser está compactado todo saber;
2. A condição para que exista a rede é justamente a existência plena do ponto;
3. Cada ponto é diverso;
4. Quando o saber deste ponto único for colocado, este deve ser expresso através do uso da primeira pessoa do singular (Princípio da prática do Diálogo, proposta por David Bohm).
5. Quando o foco do trabalho se perde, paramos por um breve tempo, e reconectamos com a generosidade e o amor incondicional de Gaia (Técnica da escuta profunda, compartilhada por John Croft  em ‘Dragon Dreaming’ inspirada na sabedoria aborígene.)
O que podemos alcançar seguindo este caminho é uma inteligência coletiva e fecunda que tem a potência de alcançar um sentido existencial tão inabalável quando fluido e processual assim como tudo em GAIA.
    Mensagem do povo Hopi 
    Os mais velhos da Nação Hopi 
    Vocês têm dito às pessoas que esta é a Undécima Hora, 
    Agora vocês devem voltar atrás e dizer que esta é a Hora. 
    E há coisas a serem consideradas: 
    Onde você está vivendo? 
    O que você está fazendo? 
    Quais são os seus relacionamentos? 
    Você está numa relação certa? 
    Onde fica a sua água? 
    Conheça o seu jardim. 
    É o tempo de você dizer a sua Verdade. 
    Crie a sua comunidade. 
    Sejam bons uns com os outros, 
    E não procure fora de você pelo seu lider. 
    Este poderia ser um tempo bom! 

    Há um rio correndo agora muito depressa. 
    É tão grande e tão rápido que há aqueles que sentirão medo 
    Eles tentarão segurar-se nas margens. 
    Eles sentirão que estão sendo empurrados de roldão e sofrerão enormemente. 
    Saiba que o rio tem sua destinação. 
    Os mais velhos dizem que devemos deixar-nos ir da margem, ir para o meio do rio, manter nossos olhos abertos e nossas cabeças acima da água. 
    Veja quem está lá com você e celebre. 

    Nesse tempo da história, não devemos tomar nada pessoalmente, muito menos nós mesmos. 
    Pois, no momento em que o fazemos, nosso crescimento e nossa jornada espirituais, estancarão. 
    O tempo do lobo solitário acabou-se. Reunam-se. 
    Livre-se da palavra "luta", na sua atitude e no seu vocabulário. 
    Tudo o que fizermos agora deve ser feito de uma maneira sagrada e em celebração. 

    Nós somos aqueles por quem estivemos esperando. 
    Os mais velhos

    Oraibi, Arizona
    Nação Hopi- Povo da Paz.

  • Veja outros posts publicados neste blog sobre esse evento em
    04/junho
    01/junho02/maio e 11/maio.
  • Acesse ao textos da mesa 04 aqui
  • Veja o portal oficial do evento aqui
  • Veja a antiga página oficial da mesa 04 aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário